Moradores da única representante quilombola de Ananindeua, a comunidade do Abacatal, participaram do 1° Colóquio de Cultura e Patrimônio Social Quilombola de Ananindeua. A ação foi realizada no último sábado (19), pela Secretaria Municipal de Cultura Esporte e Lazer em parceria com a Associação de Moradores e Produtores Quilombolas do Abacatal/ Aurá, na própria comunidade.
Esta foi a culminância de uma série de oficinas culturais realizadas nos meses de setembro e outubro pela secretaria com o objetivo de refletir e fomentar a cultura negra e a história dos remanescentes de quilombo. “É fundamental que esta comunidade conheça suas raízes e possa ressignificar a sua cultura”, destacou a secretária de Cultura de Ananindeua, Nilse Pinheiro.
O evento se deu às vésperas da comemoração do Dia da Consciência Negra (20 de novembro). A programação contou com a apresentação de grupos de religiões afro, da Associação de Capoeira Herança Viva e do grupo de Flauta Doce da Escola Municipal de Ensino Fundamental Eneida de Moraes.
“Hoje, o negro tem seu espaço e pode mostrar sua cultura e sua religião, sendo respeitado por ser mais um ator da construção da história desta nação”, afirmou o babalorixá, Pai Elber Santos. Os participantes assistiram ainda a palestra sobre a Lei 10639, que determina o ensino da história e da cultura negra nas escolas brasileiras.
O tema foi tratado pela coordenadora de documentação e pesquisa de patrimônio da Secretaria de Estado de Cultura do Pará, Dayseane Ferraz. “Ficamos muito felizes com esse apoio da Prefeitura que valorizou a nossa comunidade e mostrou a nossa identidade para nossas crianças e adolescentes”, apontou o presidente da Associação de Moradores e Produtores do Abacatal/ Aura, Joaquim Cordeiro.
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